Em pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, aparece entre as 100 cidades brasileiras com maior Produto Interno Bruto (PIB/per capita) do país. Mesmo em posição privilegiada no mapa econômico do país, a cidade ainda apresenta grandes problemas de infraestrutura.
Com o turismo da praia de Porto de Galinha, o complexo de Suape, a Refinaria Abreu e Lima, são mais de R$ 9 bilhões arrecadados em impostos no ano na cidade. No entanto, de acordo com a pesquisa, o índice de pobreza da cidade chega a mais de 63% da população.
Ruas sem calçamento, falta de saneamento básico, transporte público de má qualidade e desordem no comércio são alguns dos problemas enfrentados pelos moradores. “As ruas onde a gente mora estão todas no barro. A rua que eu moro é lama total”, afirma a dona de casa Lucinalva da Conceição. O problema é compartilhado por Cícera Aparecida, também dona de casa. “A minha rua é cheia de lama suja, água, esgoto, das casas do povo que passa na frente”, conta.
De acordo com a economista Tânia Bacelar, a falta de informação para os moradores prejudica o desenvolvimento social da cidade. “Existe uma razão principal, que é a baixa qualificação da maioria da população. Para lhe dar um número, 27% dos chefes de família de Ipojuca são analfabetos no século 21. A média de Pernambuco é 9%”, explica Bacelar.
Procurado pela reportagem da TV Globo, o Prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, informou que o dinheiro dos impostos pagos ao município está sendo investido em projetos que foram aprovados, mas que só serão concluídos no ano que vem. “Isso vai fazer com que a gente dê uma melhorada substancial em qualidade de vida para a população, para justificar essa receita que o município tem. É inadmissível que um município como o de Ipojuca, que tem uma receita diferenciada, e a qualidade de vida da nossa população não é uma qualidade de vida legal”, conclui.
absurdo dos absurdos, uma cidade pequenas com esta arrecadação e não se ver o retorno destes impostos para a população falta trabalho do MP para auditar como estão sendo gastos este montane de dinheiro público.